O que fazer no caso de picada de alforreca?

Uma picada de alforreca ou de caravela-portuguesa provoca grande dor e sensação de queimadura. Saiba o que fazer caso seja picado por uma destas espécies.

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O verão é, por excelência, tempo de praia e de muitos banhos no mar. É também a época em que mais se ouve falar da picada de alforreca. Trata-se de um animal marinho, de aparência “gelatinosa”, com grandes tentáculos que, em contacto com a pele humana, picam.

Outra espécie que representa um risco é a caravela-portuguesa. É também um ser vivo gelatinoso e com tentáculos, mas há diferenças entre estes dois animais do mar.

A alforreca tem um corpo em forma de cogumelo e tentáculos compridos, que podem libertar um líquido venenoso. Já a caravela-portuguesa tem um corpo azulado ou arroxeado coberto de gás, o que lhe permite flutuar. Ao contrário da alforreca, não nada, mas os seus tentáculos são muito mais compridos.

Quais são os efeitos da picada de alforreca e de caravela-portuguesa?

A picada destas espécies provém dos filamentos urticantes dos tentáculos. Provocam vermelhidão, comichão e ardor. No caso da caravela-portuguesa, os efeitos são mais intensos e dolorosos porque o veneno é mais forte e perigoso, podendo até deixar cicatrizes permanentes.

O que devo fazer?

No caso de sofrer uma picada de alforreca ou caravela-portuguesa deve:

  • Enxaguar, imediatamente, as áreas afetadas com bastante água do mar ou esfregá-las, suavemente, com areia, para remover as células urticantes;
  • Não usar água doce nem álcool, pois isso pode rebentar as células urticantes que se fixaram na pele;
  • Perante uma picada de alforreca, pode aplicar frio (ou gelo, embrulhado num pano). Se for uma picada de caravela-portuguesa, aplique água quente;
  • Se ficarem fragmentos de tentáculos na pele, tente retirá-los com a ajuda de um cartão de plástico ou de uma pinça de plástico. Nunca use uma pinça de metal;
  • Esqueça as histórias de férias que envolvem picadas de alforreca e urina: este procedimento não tem valor médico comprovado e deve ser evitado. Em vez disso, pode aplicar uma pomada calmante ou anti-histamínica e tomar um analgésico;
  • Se a reação for muito inflamada ou exagerada, contacte a Linha do Centro de Informação Antivenenos (CIAV): 800 250 250. Isso será obrigatório no caso de uma picada de caravela-portuguesa. Deve também procurar ajuda imediata do nadador-salvador, para receber tratamento médico o mais depressa possível;

Outras recomendações importantes:

  • Algumas pessoas sensíveis podem entrar em choque anafilático, que se caracteriza pela formação de um edema (ou inchaço). Neste caso, é urgente ligar para o 112;
  • Cuidado para não tocar nas alforrecas ou nas caravelas-portuguesas que dão à costa! Mesmo mortas e fora de água, o seu veneno permanece ativo, durante várias horas. Além disso, nas caravelas-portuguesas, o veneno encontra-se por todo o corpo (mais concentrado nos tentáculos);
  • As marcas na pele podem persistir durante mais de uma semana. Não exponha a zona afetada ao sol até estar completamente curada, especialmente, se estiver a aplicar um creme à base de cortisona.

Com o Seguro de Saúde da Tranquilidade, pode recorrer ao serviço de urgência de clínicas e hospitais privados. Neles, encontra profissionais de saúde habilitados para fazer um bom diagnóstico e o tratamento médico adequado ao seu caso.